
A nível europeu, Portugal é um dos países com maior prevalência de perturbações mentais, em que se destacam as perturbações de ansiedade e as perturbações de humor (Wang et al.,2011). E o que é a ansiedade?
A ansiedade é um estado emocional caracterizado pela preocupação excessiva e o medo ou negativismo constantes, sobretudo em relação a acontecimentos futuros.
O medo é a resposta emocional a uma ameaça iminente, seja ela real ou não. Num estado normal e não patológico, o medo é importante para a sobrevivência do ser humano. A ansiedade, por sua vez, é a antecipação de uma possível ameaça futura, que causa reações desproporcionais à probabilidade real ou ao impacto daquilo que a pessoa está a antecipar. Trata-se de uma resposta desadaptativa do organismo face às exigências situacionais e contextuais.
É como se o cérebro enviasse para o corpo uma mensagem de perigo iminente, em que o corpo reage de forma primitiva para se defender. A crise pode ser percebida como um curto-circuito no corpo e na mente, que provoca uma descarga de noradrenalina e adrenalina pelo organismo. Estas substâncias são responsáveis, junto com outros processos, pelas manifestações físicas da crise, que pode durar alguns minutos.
Os indivíduos com ansiedade têm grandes dificuldades de controlar a preocupação e de evitar que estes pensamentos interfiram na sua vida diária. Consequentemente, acabam por ter prejuízos na sua vida social, familiar, profissional e amorosa.
Diferentes tipos de ansiedade
Existem diferentes tipos de ansiedade, como por exemplo:
- Perturbação de ansiedade generalizada;
- Perturbação de ansiedade de separação;
- Perturbação de ansiedade social;
- Perturbação obsessivo-compulsiva;
- Perturbação de pânico;
- Perturbações de stress pós-traumático.
Quais são os sintomas
A ansiedade, independentemente da faixa etária, apresenta um conjunto de sintomas emocionais, comportamentais e físicos, que podem divergir de pessoa para pessoa.
- Emocional: Preocupação constante; Medo; Tristeza; Culpa; Pessimismo; Alterações repentinas de humor; Raiva.
- Físico: Hiperventilação (respiração rápida); Taquicardia (coração acelerado); Mãos e pés frios ou suados; Problemas gastrointestinais; Náuseas ou perda de apetite; tremores e tonturas.
- Comportamental: Crises de choro; Isolamento; Roer as unhas ou uma irritabilidade desproporcional.
Algumas Estatísticas:
De acordo com o Relatório Health at a Glance (2018) divulgado pelo Público:
- Portugal é o quinto país da União Europeia com maior prevalência de problemas de saúde mental;
- 18,4% da população portuguesa sofre de problemas de saúde mental, principalmente ansiedade, depressão ou problemas com o consumo de álcool e drogas;
- Segundo o documento, um terço dos inquiridos em Portugal disse sentir-se limitado nas suas atividades diárias. Limitações que aumentam com a idade.
Crises de ansiedade
A crise de ansiedade é o momento em que os sintomas de ansiedade manifestam-se de forma repentina e intensa. Este estado pode surgir como resposta a um estímulo que provoque medo ou desconforto ao indivíduo ou até mesmo sem nenhuma razão aparente. Durante a crise, há uma profunda sensação de insegurança e descontrolo.
Durante a crise, o indivíduo poderá ter sintomas como:
- Coração acelerado ou palpitações;
- Falta de ar;
- Sensação de sufocar;
- Suor excessivo;
- Tremores;
- Sensação de desmaio;
- Fraqueza;
- Formigamentos;
- Enjoo;
- Dor ou desconforto no peito;
- Medo de perder o controlo;
- Sensação de morte.
Para controlar estes sintomas, poderá manter a atenção focada no presente e fazer uma série de respirações profundas para que o organismo possa se acalmar aos poucos.
Como ajudar uma pessoa que está a ter uma crise de ansiedade?
Quando estiver ao lado de uma pessoa que está passar por uma crise de ansiedade, é importante ter alguns cuidados. Por exemplo, não diga para que ela “tenha calma”. O primeiro passo é acolher a pessoa e tentar retomar a atenção dela para o momento presente, para o aqui e o agora. Numa crise de ansiedade, o indivíduo está a preocupar-se com situações futuras, com aquilo que possa vir a acontecer. Peça-lhe para respirar fundo consigo e olhar nos seus olhos. Oferecer um pouco de água e lentamente mudar de assunto para algo que se está a passar a sua volta, ou algum tema da atualidade, também é uma forma de retomar a atenção da pessoa. Estas dicas irão ajudar a que lentamente a pessoa se acalme. Se a crise persistir e os sintomas se agravarem, é necessário recorrer aos serviços de saúde.
Tratamento para a ansiedade
Mais do que tratar os sintomas da ansiedade, é fundamental identificar a sua causa e os estímulos que desencadeiam as crises. Para isso, deve-se procurar ajuda psicológica.
As Psicoterapias Integrativas, a Hipnose, a Terapia Cognitivo-Comportamental são exemplos de tratamentos para a ansiedade. Em alguns casos mais graves, também pode ser necessário recorrer à Psiquiatria e a medicação.
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