“Uma pessoa está em paz quando todas as pessoas que pertencem à sua família têm lugar no seu coração.” Bert Hellinger

A Terapia Familiar Sistémica, como o próprio nome indica, vem focar o seu trabalho terapêutico na família. A verdade é que todos os seres humanos, sem exceção, são altamente influenciados pela sua família mesmo que já não vivam com ela, e as vezes o sistema familiar pode não ser o biológico pode ser um sistema que o substitua, mas que continua a ter uma grande influencia sobre o indivíduo.

A história familiar do indivíduo encontra-se no sistema intrapsíquico do mesmo, quase como se fossem um carimbo. Está presente em todos os momentos do seu ciclo vital, mesmo que de forma inconscientes como por exemplo, as relações de vinculação, que fazem parte da base da formação da personalidade do individuo e dos padrões de relacionamentos que constrói para si.

Existem muitas dinâmicas que devem ser trabalhadas na terapia familiar, desde padrões emocionais, padrões de comportamentos, crenças, limites, o processo de individuação da pessoa em relação à família, ou seja, trabalhar a sua autonomia, o apego, as fronteiras, entre outros aspetos.

Esta terapia é fundamental para os adultos, assim como para as crianças e os adolescentes. Quando se trata dos jovens, é fundamental que os pais façam parte do processo terapêutico precisamente porque os influenciam de forma direta, e os jovens têm a possibilidade de se curar quando os seus pais se curam. É um processo familiar.

Referências
Carvalhal, P. & Silva, C. (2011) Terapia familiar, uma breve introdução ao tema.
ZORDAN, E., DELLATORRE, R. & WIECZOREK, L. (2012) A ENTREVISTA NA TERAPIA FAMILIAR SISTÊMICA: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS, MODELOS E TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO. PERSPECTIVA, Erechim. 36(136), 133-142.