
Hoje falaremos sobre tiques e hábitos. Sabe o que são? O que representam? Porque surgem?
Os tiques são movimentos rápidos, repetitivos e involuntários. Não seguem nenhum ritmo específico ou algum propósito. Ou seja, são movimentos que não cumprem nenhuma função. Podem existir sob a forma de movimentos musculares ou motores ou palavras/sons (tiques vocais) e podem, em algumas situações, surgir associados a alguma ansiedade ou inquietação. Por exemplo, quando nos sentimos mais ansiosos ou preocupados, fazemos com frequência os mesmos gestos de forma repetida, por exemplo mexer no cabelo, manipular algum objeto (como canetas), bater com o pé no chão ou utilizar as mesmas expressões verbais. Estas expressões verbais constituem, com frequência, muletas do discurso e são utilizadas como união de ideias, por exemplo portanto, ora, isto significa que, certo?. A utilização destas muletas do discurso não constitui tiques, mas sim hábitos do discurso.
De forma genérica, podemos classificar os tiques da seguinte forma:
– Tique provisório: quando está presente com uma duração inferior a um ano;
– Tique persistente: quando estão presentes tiques motores ou verbais (nunca ambos) durante mais de um ano;
Geralmente, este tipo de movimentos involuntários, quer verbais quer físicos, quando inofensivos, desaparecem espontaneamente ou são substituídos por outros. No entanto, se persistirem por mais de um ano, de forma combinada (tiques motores e verbais, simultaneamente) ou a sua existência perturbar de forma intensa o dia-a-dia, é importante fazer uma avaliação médica, uma vez que podemos estar perante um outro quadro. Existem várias problemáticas que incluem os tiques como sintomas, tais como:
– Síndrome de Tourette (quando existem tiques motores e verbais simultaneamente, durante mais de um ano);
– Perturbação de hiperatividade e défice de atenção (PHDA);
– Perturbação obsessivo-compulsiva (POC);
– Perturbação de ansiedade.
Desta forma, é muito importante não normalizar todos os tiques e hábitos e avaliar de forma global os sintomas e o seu caráter disfuncional do dia-a-dia. Caso estejamos perante um diagnóstico como um dos supra referidos, é necessário iniciar um protocolo de intervenção, que deve incluir psicoterapia e, em certos casos, farmacoterapia.
Se está, ou conhece alguém com este tipo de sintomatologia, não perca mais tempo. Contacte-nos!
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