Mentes Tóxicas e o Divórcio

O casamento deve ser, na sua essência, uma base para a felicidade. Deve-nos preencher com amor mas também com estratégias, com ferramentas que nos tornem mais capazes de ultrapassar os problemas do dia-a-dia. O/a companheiro/a deve fazer parte da solução, e não do problema.

Entre o casal, deve existir uma comunicação eficaz, capaz de resolver conflitos que possam existir, permitindo a sua evolução enquanto indivíduos independentes e enquanto membros de uma equipa, que é a própria relação. Neste contexto da comunicação, ambas as partes devem sentir conforto em expressar a sua ideia, sem medo, com respeito, compreensão e empatia.

No entanto, nem sempre as relações são funcionais. Por vezes, são tóxicas, sendo a base para os problemas nos restantes contextos de vida. As crenças de ambas as partes podem não ser compatíveis entre si e podem levar ao rompimento da relação. Tal acontece quando as partes, ou apenas uma parte, não consegue desbloquear as suas crenças emocionais, sendo um prisioneiro destas mesmas, não permitindo que esta evolua, prejudicando a relação. Mas que crenças podem ser estas?

Tendencialmente, estas crenças (que todos temos, mas que podem ser funcionais) são baseadas na nossa história de vida passada, em relações anteriores, no contexto familiar de base, na nossa educação e valores, entre o grupo de pares.  Em experiências positivas e transformadoras e em experiências negativas ou traumáticas. Ou seja, a nossa forma de pensar, sentir e agir, tem por base estes acontecimentos na nossa vida, que nos vai formatando ao longo do nosso percurso pessoal. Por exemplo, se numa relação anterior houve traição, a pessoa pode desenvolver crenças irracionais de insegurança e transferi-las para uma nova relação. No entanto, deve existir flexibilidade no sistema de crenças, o que nos permite pensar que as coisas podem não ser como nós achamos. Ou seja, não devemos confundir o palco com os bastidores, e partir do princípio que a nossa forma de pensar pode não ser totalmente fiel à realidade existente. Esta forma de pensar, sentir e agir inflexivelmente podem ser altamente disfuncionais numa relação, principalmente se se manifestar em ambas as partes, não permitindo a conciliação de ideias e valores.

A terapia de casal pode ser uma importante estratégia a utilizar, para ultrapassar estas barreiras impostas por um sistema de crenças inflexível. No entanto, pode ser também muito importante a terapia individualizada, com cada um dos elementos do casal.

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