Uma fobia é muito mais que um medo.
Até certo ponto, os medos têm um caráter protetor, impedindo-nos de fazer algo que possa atentar à nossa sobrevivência ou ao nosso bem-estar físico e psicológico. As fobias não. As fobias não têm caráter protetor algum. Pelo contrário, são altamente disfuncionais, tanto pelas repercussões físicas e psicológicas, como em termos de quotidiano. É certo que algumas podem ter um caráter mais limitador que outras, como a agorafobia. No entanto, este fator limitador está sempre presente.
A aerofobia, que afeta entre 10 a 40% da população, é a fobia específica a aviões e a voar. Traduz-se num medo acentuado, persistente e muito excessivo, que surge perante a perspetiva de andar de avião. Neste tipo de fobias, o medo não surge apenas perante a experiência em si, mas também perante a existência deste pensamento e desta possibilidade, mesmo que remota.
Quais os principais sintomas?
Os principais sintomas são semelhantes aos das demais fobias, como batimento cardíaco acelerado, hiperventilação, náuseas/desconforto abdominal e intestinal, tremores, suores, entre outros. Ao nível comportamental, resulta com frequência em evitamento, impedindo as pessoas de usufruir da experiência de voo ou de viajar. Este evitamento, apesar de no momento permitir uma diminuição da ansiedade associada (porque a pessoa não vai entrar, de facto, num avião) a médio/longo prazo, reforça a fobia. Isto acontece, uma vez que a pessoa não se permite a constatar o caráter inofensivo do estímulo fóbico, ou seja, de provar a si mesma que andar de avião não é assim tão perigoso.
É muito importante, perante este tipo de diagnóstico, perceber qual o verdadeiro estímulo fóbico (aquilo que provoca a fobia), uma vez que facilmente se pode confundir com outro tipo de fobias, como a de estar fechado num local circunscrito. Desta forma, o diagnóstico diferencial é fundamental para que, em contexto de psicoterapia, se possa intervir adequadamente.
Identificou-se com esta realidade? Não perca mais tempo, e contacte-nos. Não permita que a sua fobia continue a limitar o seu quotidiano e sinta-se livre, pronto para voar.