
Já ouviu falar da perturbação da compulsão alimentar?
A comida é essencial à vida, é um facto indiscutível. É uma das necessidades básicas e, portanto, a nossa saúde está dependente dela.
No entanto, nem sempre a relação com a alimentação é saudável. Por vezes, é precisamente a questão que mais sofrimento acarreta para o indivíduo. A compulsão alimentar é precisamente um dos exemplos em que a comida ou a alimentação no geral acontecem de forma muito disfuncional.
Esta perturbação, globalmente denominada como Perturbação da Ingestão Alimentar Compulsiva e incluída nas Perturbações da Alimentação e da Ingestão, caracteriza-se por episódios recorrentes de ingestão compulsiva de alimentos, em grandes quantidades e rapidamente. Afeta de forma muito semelhante homens e mulheres e é igualmente transversal às diferentes faixas etárias.
Durante estes episódios, o indivíduo tem a perceção da falta de controlo, ou seja, considera que não consegue parar de comer. Com frequência, só conseguem parar de comer quando se sentem fisicamente incapazes ou maldispostos.
As consequências podem ser muitas e muito negativas, incluindo fatores sociais, pessoais (psicológicos e físicos), familiares e também profissionais, tais como:
– Ganho substancial de peso e problemas de saúde decorrentes deste ganho;
– Baixa autoestima e autoconceito;
– Isolamento social (por não quererem comer em público, por exemplo) e dificuldades de interação social.
O tratamento é essencial e deve ser iniciado o mais rapidamente possível, tendo em conta as consequências negativas para o próprio indivíduo. Nestes casos, é fundamental uma intervenção multidisciplinar, incluindo a psicoterapia e a nutrição, por exemplo. É fundamental modificar as crenças que o próprio indivíduo tem acerca da comida, do seu próprio corpo, da sua capacidade de autocontrolo e da sua forma de regular as emoções.
Se está ou conhece alguém com esta sintomatologia, não hesite. Podemos ajuda-lo/a.