Amor Próprio

Fevereiro é, por muitos, considerado o mês do amor. No entanto, associamos a um amor relacional, entre duas pessoas. Mas proponho uma reflexão pelo tipo de amor mais importante e impactante: o amor próprio, o self love.

Podemos considerar o amor próprio como a dedicação, o respeito, a entrega a nós mesmos, a capacidade de nos priorizarmos, o orgulho que sentimos em quem somos e em quem queremos ser. É a base para a construção da nossa autoestima e autoconceito. É o que nos permite libertar-nos do medo e do desconhecido e controlar a nossa própria vida, dentro daquilo que é controlável. É este amor que nos direciona para o cumprimento dos nossos objetivos, para a concretização dos nossos sonhos. Mas, será este amor antagónico do amor relacional?

Não, de forma alguma. O amor próprio deve ser a base do amor relacional. Se não nos amarmos a nós próprios, conseguiremos amar verdadeiramente alguém?

Tal não significa que devamos desinvestir nas nossas relações, mas sim priorizar o amor por nós mesmos, para que estejamos também disponíveis para amar o outro. Só desta forma conseguiremos uma relação saudável e que nos complete, em vez de nos desgastar.

Como podemos desenvolver o nosso amor próprio?

– Desenvolver e manter momentos de autocuidado;

– Aceitar as nossas características pessoais e procurar a mudança, mas no sentido do autodesenvolvimento;

– Praticar a autocompreensão e o perdão interno;

– Desenvolver rotinas prazerosas e hábitos saudáveis;

– Priorizar-se.

É certo que a nossa vida é feita de desafios. Nem sempre esta segue uma trajetória linear, em que sabemos com clareza o que somos e para onde queremos ir. Nestas situações é mais desafiante praticar o amor próprio. No entanto, procurar ajuda psicológica pode ser fundamental nesse sentido, ajudando a que sejam identificados os aspetos negativos da vida e para que nos continuemos a encaminhar no sentido da evolução. Lembre-se que não há amor mais importante que o amor próprio.

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