
Muito se fala de assédio atualmente. Mas, sabemos o que significa? Estaremos a empregar o termo corretamente?
Em Portugal, considera-se assédio quando existem ataques verbais (com conteúdo ofensivo ou de caráter humilhante) e/ou físicos. Pode também considerar-se assédio quando se denota em atos mais subtis, sob a forma de violência física e/ou psicológica, mas que visam diminuir a autoestima da vítima e a sua relação com o mundo nos mais variados contextos. É importante referir que estes comportamentos acontecem de forma reiterada e persistente.
Existem quatro principais tipos de assédio: moral, sexual, stalking (perseguição) e o bullying. No caso dos adultos, os mais frequentes são os dois primeiros tipos, o assédio moral e o sexual, que podem surgir nos mais variados contextos, mas sendo mais frequentes no contexto laboral, em que podem surgir de três formas distintas:
– Descendente: quando é praticado por uma pessoa numa posição hierárquica superior à da vítima;
– Ascendente: quando é praticado por uma pessoa numa posição hierárquica inferior à da vítima;
– Bullying hexagonal: quando é praticado por uma pessoa na mesma posição hierárquica da vítima.
As consequências para as vítimas são muitas e variadas. Com muita frequências, as estas sentem uma crescente perda da autoestima e do autoconceito, ansiedade, depressão (mesmo que não clinicamente diagnosticáveis), isolamento, apatia, irritabilidade, problemas relacionados com o sono e/ou memória, problemas digestivos e, em alguns casos mais extremos, o suicídio. No contexto laboral, leva muitas vezes ao abandono do trabalho (despedimento), mas noutros casos as vítimas não se sentem capazes de o fazer (por considerarem que não conseguirão outro trabalho, por não se sentirem competentes ou capazes o suficiente).
Enquanto sociedade, devemos ter especial atenção a todas estas questões, combatendo-as coletivamente. É necessário que se promovam ambientes de trabalho (nos casos de assédio laboral) saudáveis e respeitosos. Mas, acima de tudo, é necessário que as vítimas e as testemunhas (quem assiste ao assédio) tenham a capacidade de denunciar, de forma a não perpetuar estes comportamentos.
Se vive ou conhece alguém que viva nesta realidade, não hesite!
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