Fobias

Todos nós temos medos, independentemente da idade, do género, do nosso tipo de personalidade, do local onde nascemos e vivemos. É inato.

E se os medos existirem no nosso dia-a-dia de forma funcional, são até adaptativos, uma vez que nos protegem daquilo que é letal, perigoso, negativo. Ou seja, se não tivéssemos medo de ser atropelados ou de ser atacados por um animal selvagem, atravessaríamos a estrada sem olhar para o lado ou entraríamos dentro de uma jaula de um animal perigoso sem qualquer insegurança. Assim, o medo protege-nos e ajuda-nos a sobreviver.

No entanto, nem sempre é assim. Há situações em que o nosso medo não corresponde ao real perigo do objeto ou do contexto. Outras há em que a nossa resposta é completamente desadaptativa e disfuncional. Nestes casos, falamos de fobias e não apenas de medos.   

A organização mundial de saúde já identificou mais de 400 fobias diferentes e a sua prevalência na população mundial é extremamente alta, cerca de 400 milhões de pessoas. Estima-se que as mais comuns sejam:

– Agorafobia (fobia a locais de onde não pode escapar/fugir facilmente);

– Aracnofobia (fobia específica a aranhas);

– Claustrofobia (fobia a locais fechados e estreitos);

– Autofobia (fobia a ficar sozinho)

Mas, como podemos perceber se o nosso medo a algo é apenas medo ou é uma fobia?

A resposta a esta questão reside na intensidade dos sintomas e nas consequências no dia-a-dia da pessoa, ou seja, até que ponto é que a nossa resposta é disfuncional (como evitar de antemão a exposição ao estímulo fóbico). Mas e os sintomas, quais são?

– Tremores e/ou sudurese;

– Batimento cardíaco acelerado;

– Nó na garganta;

– Sensação de desmaio;

– Nojo/repulsa;

– Entre outros.

É muito importante recorrer a ajuda especializada, com o objetivo de iniciar um processo psicoterapêutico o quanto antes. Ao longo do tempo, vamos desenvolvendo estratégias que nos ajudam a lidar com as fobias no dia-a-dia, como evitar certas situações ou lugares. No entanto, e ao contrário do que possa parecer, esses comportamentos de evitamento não melhoram a sintomatologia associada, mas sim contribuem para a perpetuação da própria fobia. Ou seja, não nos expormos aos estímulos fóbicos não nos permite testar o medo e a perigosidade da situação. Por exemplo, se uma criança tiver fobia a cães, em determinada fase da intervenção será importante o contacto com cães (devidamente acompanhado e controlado) para que tenha oportunidade de comprovar que o medo sentido é irracional e a resposta desadequada, uma vez que os cães (em regra geral) não são animais perigosos. No entanto, este processo de exposição deverá ser sempre integrado num contexto psicoterapêutico.  

O prognóstico psicoterapêutico para as fobias é extremamente favorável, pelo que se se revê nesta sintomatologia não perca mais tempo e contacte-nos!

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