“Curioso paradoxo: Quando me aceito como sou, posso então mudar.” Carl Rogers

Um das maiores dificuldades dos indivíduos atualmente relaciona-se com a tendência para o criticismo e a vergonha, a autocritica é provavelmente um dos fatores que pode influenciar de forma significativa a manutenção de diversas patologias, como é ocaso da ansiedade e da depressão.

O objetivo da Terapia Focada na Compaixão passa pela mudança dos indivíduos em relação a eles próprios, no que diz respeito a uma postura compassiva interna, ou seja, criar um Eu compassivo que tem em si uma “voz interior” agradável, amorosa que permitirá que o individuo através do estado de presença possa optar por adotar comportamentos mais adaptativos quando está perante ameaças.

No fundo, a relação interna que existe no indivíduo, uma relação de si para si, vai influenciar a manutenção da saúde mental, ou, por outro lado, de qualquer patologia. Trata-se de alterar a forma como o indivíduo se vê a si mesmo, passando de crítica para aceitação de si como ser humano único que é, e é quando o ser humano se aceita que ele adquire o entendimento e a capacidade que precisa para mudar.

Referências
Rizo, L. (sd) Focada na Compaixão Uma ferramenta potente para a regulação emocional.
Gilbert, P. (2010) Uma introdução à terapia focada na compaixão na terapia cognitivo comportamental. International Journal of Cognitive Therapy, 3(2), p. 97-112.